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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

De volta ao teatro

Comendo: Arroz com frango e uns bereguets
Bebendo: Água tônica

...Já li quase um terço do ultimo livro do Harry Potter. Comofaz? Desse jeito nem vai durar até o final de semana.
Era quase duas da manhã quando finalmente consegui dormir e seis quando o relógio começou a despertar. Pra variar eu desliguei ambos os despertadores, do celular e rádio-relógio, várias vezes até finalmente me dar conta do por que eles estavam atrapalhando o meu sonho... Mais uma aula da Quest da Carta de Motorista... Interminável! Só (ainda) não é tão ruim quanto caçar Pasana Card.
Abri meus olhos de uma vez por todas e troquei de realidade. Na freqüente duvida entre “o que é real e o que não é?” resolvi que é mais “saudável” tomar tudo por real do que por ilusão.
Enfim... Banho tomado, chocolate tomado, biscoitos com geléia rangados, mochila e livro pegados, pés na rua e lá fui eu.
A aula de hoje foi sobre Primeiros Socorros, mas acho que é a terceira vez que “curso” essa matéria. Só na faculdade foram mais de 10 aulas de 50 minutos cada...
Mas obviamente os motoristas precisam aprender a prestar os primeiros socorros. Ou no mínimo saber o que NÃO devem fazer em caso de acidentes e atropelamentos... Por mais que provavelmente a maior parte das coisas abordadas nessa aula acabará sendo esquecidas em não muito tempo pela maioria das pessoas ali presentes.
Voltei para casa, almocei e então... Tchanananam! Hora de ir para o teatro.
O retorno aos ensaios foram marcados e adiados por três vezes até que hoje finalmente rolou.
Não posso dizer que estava com saudades...
1º Ensaio aberto, finalmente!
Algum tempo atrás, em um dia que não tinha muito mais o que fazer, eu decidi acompanhar uma amiga para assistir seu ensaio em uma adaptação do Sítio do Pica Pau Amarelo.  Eis que naquela ocasião estava faltando uma pessoa para interpretar um dos personagens e como, teoricamente, eu estava “de bobeira” na platéia perguntaram se eu não podia tomar parte.
“Por que não?” – pensei comigo. – “Afinal, deve ser mais divertido que apenas olhar.”
Eis que no final do ensaio, depois de um surpreso “Mas você nunca fez teatro antes!?” vindo da diretora, acabei ouvindo “Certo, segunda-feira então, Moon! Pra estréia.”; E assim eu entrei pro grupo...
...Não fui eu quem tirou a foto...
...Passou pela minha cabeça que elas simplesmente estivessem precisando de um alguém qualquer para tapar o buraco, já que nem era um papel tão importante assim. Vocês sabem... Encenando um belo elogio e depois do trabalho concluído... RUA! _o/ Mas, não foi bem assim. E como continuei até hoje suponho que tenham sido sinceras...
O que sei é que ponderei a idéia e considerei que seria uma experiência interessante. Afinal, minha ânsia por manter minha mente longe de questões existenciais que eventualmente me deprimem não raramente me forçam a hiperlotar minha agenda. Além disso, lembrei que certo tempo atrás eu tive interesse nas artes cênicas e esse provavelmente seria mais um daqueles meus desejos que se realizam apenas com o tempo, sem nenhum grande esforço (literalmente). Por fim, percebi também que aqueles que fazem teatro não se enquadram exatamente no tipo “normal” e valia à pena tentar achar alguem similar em meio ao grupo.
Um ensaio qualquer...
Iniciamos então os ensaios da peça chamada Novo Tempo Jovem.
O processo teve muitos altos e baixos. Logo eu pude perceber que era estranho demais até mesmo para aquele grupo estranho, então, mais uma vez, nada de similares. Também parece haver certo senso comum em relação às emoções e a atuação. Pelo que entendi da coisa o bom ator deve sentir e expressar a emoção! E foi quando ocorreu certa dinâmica de atuação que fez com que alguma coisa em meu âmago se contorcesse em angustia e jogasse para a tona uma montanha de...
...Emoções? Claro, com shoyu e barbecue, por favor. Gosto das minhas bem controladas sob uma camada de intensa indiferença e frieza racional.
Vexi... Oia minha cara!
Então hoje em dia meus objetivos diferem e muito do grupo. Não quero ser ator e muito menos aprimorar essa emocionalidade toda... Pela minha forma de pensar eu serei bem sucedido quando minha representação transmitir exatamente o que desejo transmitir; e na intensidade que desejo transmitir ao publico que me assiste. Não é preciso sentir nada, apenas fazer sentir... E a única dificuldade aparece em gerar uma condição similar a todos, já que cada indivíduo possui diferentes experiências de vida e vai interpretar uma mesma coisa de diferentes formas. É pura criatividade, "empatia" e conhecimento da psique humana... Acredito que melhorarei minha eficiencia partindo dessas três bases.
Boa praça pra parkour XD
Mas os ensaios já consumiram um tempo relativamente grande e minhas prioridades mudaram ao longo. Por mais que eu considere um terrível desperdício não concluir essa tarefa até sua estréia e remoa uma banal vontade de ganhar algum festival ou blábláblá com essa peça, provavelmente por mero afago ao ego e satisfação pessoal de ver indiretamente reconhecido que a frieza emocional também é um caminho no teatro, talvez tenha de abandonar a empreitada em não muito tempo.


...Mas por hora, enquanto aguardo o andar da carruagem, sigo em frente.
No mais o dia foi muito bom. Conheci pessoas novas que também farão parte do elenco... E agora a pouco peguei o facão para treinar a sequencia de movimentos que meu primo me ensinou...
...Acabo de me dar conta de que esqueci tudo.
Lá vamos nós para a prancheta...

Abraços! Comentem!

Um comentário:

  1. Já vi que vai ganhar algum prêmio como ator e na hora da entrevista capaz de dizer: QUE MERDA! NEM QUERIA ISTO!

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