Páginas

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Thyor... E minha vontade de não falar do dia de hoje...


Ouvindo: Num vo contar...
Lendo: Janelas do... Vcs já sabem...
Comendo: Carne, arroz, pepino e mimimi
Bebendo: Refrigerante

Tenho muita coisa pra contar. Afinal, o ultimo posto foi no dia dois... Vários dias atrás e nesse meio tempo ocorreu bastante coisa.
...Mas... Dessa vez fugirei um pouco do “padrão” e me esforçarei para que na próxima vez que postar já me sinta mais... “Normal”.

Thyor...

Acreditar? Não acreditar? Permanecer na dúvida?
A vida nem sempre é fácil... Nem sempre é difícil... Nem sempre é boa ou ruim...
É feita de escolhas. E podemos escolher entre decidir por nós mesmos ou nos deixar levar pelas decisões alheias...

...Tudo parece depender daquilo em que você escolhe acreditar... Não acreditar... Ou duvidar...



E então, em algum lugar muito distante... Um lugar que só pode ser alcançado de olhos fechados, através do sono, quando nossos espíritos se libertam dos pesados corpos de carne e osso e podem então viajar pelo infinito... Existe Thyor, a “Cidade do Alvorecer”... Aquela que fica além da grande floresta do leste...
Do alto de um grande despenhadeiro, ainda a alguns quilômetros de distância, é possível contemplá-la. Guardada por duas grandes montanhas que se erguem, lado a lado, como torres finas que vão assumindo uma forma cônica próximo ao topo. Cercada por suas fazendas com suas plantações, animais e campos que se estendem até as primeiras árvores da floresta. Contida pelo grande oceano onde as naus com seus altos mastros e velas brancas partem a todo o momento e de onde, lá... No extremo leste, o grande sol surge todas as manhãs.
As casas, mansões, palacetes, torres e templos erguem-se do solo pedregoso, levantadas por uma magia antiga que ainda paira em cada esquina... Em cada habitante...
E ali, próximo as montanhas, o maravilhoso castelo do Conselho de Thyor. A primeira construção e a mais antiga... A morada daqueles que se consideram os verdadeiros descendentes diretos dos espíritos idealizadores daquele mundo.
Sempre juntos, sempre debatendo, sempre planejando e sempre desejando...
Poderiam escolher qualquer forma física, mas passam-se por velhos na tentativa de demonstrar sabedoria e experiência .
Ali, entre eles, um ser dissonante... De aparência e comportamento jovem e descuidado. Sem pompa... Sem receios...
Sua mera presença ali parece irritar um dos conselheiros. Mas ele não liga.
Seus olhos castanhos, quase negros, contemplam perdidos o horizonte distante. Das palavras que lhe são proferidas pelas costas não absorve nem ao menos os pontos. Sente o vento do oceano a soprar contra seu rosto e a mente vazia a passear com as aves aquáticas pairando sobre o grande azul.
 Ao longe vê o grande navio a se aproximar. A seus olhos a nau ainda não passa de um ponto, mas desde aquele momento ele já podia sentir sua aproximação e sabia que ela também o sentia... E que naquele mesmo instante devia estar ali, de pé na proa do navio, encarando a torre em que ele se encontrava com seus atrevidos olhos púrpuras enquanto seu cabelo ao vento misturado com seu costumeiro meio-sorriso malicioso lhe atribuía um ar quase selvagem.
Ele também sorriu... E neste mesmo momento o colar de pedra, também de cor púrpura, reverberou em seu peito num pulso de energia inegavelmente irritadiço.

- É como contemplar um animal selvagem... Uma força da natureza... – ele falou em voz alta, mas ainda sozinho. Como quem fala com o vento. – Você sabe disso.

A pedra parou de brilhar e ele se virou para encarar os membros do conselho.
Da missão que os velhos haviam tentado lhe explicar ele nada sabia. Não ouviu nada e tão pouco fez questão de tentar entender, ainda assim garantiu que a missão seria um sucesso.
...E seria... Como todas as outras que antecederam esta... Seria um sucesso dele, para ele e do jeito dele...
Naquele momento a única certeza que possuía era a de que devia deixar imediatamente Thyor para não ter de encontrar-se com sua adorável antiga aluna...
...Rebeca...

Mal sabia ele que a partir de então muito dificilmente alguém conseguiria se recordar da época em que eles chegaram a se tratar como professor e aluna... Como amigos...
...Daquele dia em diante tudo passou a ser diferente...

3 comentários:

  1. Bacana! Mas... E aí? Teremos mais desse devaneio sobre uma terra distante e singular?
    Ou foi apenas um desligamento momentaneo da atividade do blog?

    ResponderExcluir
  2. Você tem um longo caminho pela frente - Ele diz, enquanto seus olhos castanhos, quase negros, percorrem demoradamente o texto. A seu ver, o não tão jovem escritor está só no começo.

    ResponderExcluir
  3. Você viajou,mas até que foi bom, eu gostei deu até para imaginar o lugar que você descreveu!!!
    Mas, basta ta bom só esse kkkkk

    ResponderExcluir