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sábado, 2 de abril de 2011

Realizando sonhos em outros quinhentos


Ouvindo: Músicas do meu PC e tal...
Lendo: Janelinhas do msn...
Fazendo: Espirrando e fungando... Mas só do lado esquerdo. :P

Sabe quando você não sabe por onde começar a escrever? Então... Se liga...
Hoje meus relógios tocaram as 5:40 da manhã. É este o horário em que costumam tocar, celular e despertador, durante os dias de semana em que tenho que ir pro colégio. No entanto, apesar de ser sábado, eu juraaaaaaava... De pé junto e tudo mais, manolo... Que hoje tinha aula prática de direção.
Me arrastei pra fora da cama as 6:30 aproximadamente, depois de ficar desligando os aparelhos a cada 10 minutos, me arrumei, tomei um café da manhã não muito reforçado e... Lá fui eu! Todo animo, coragem e vontade logo pela manhã! \o/
...Mentira... Tava me arrastando por que o lado esquerdo do meu fucinho tá escorrendo e fungando... Uma sinusite esquisitinha, nada demais.
Eis que chego lá na auto-escola cumprimentando todo mundo quando:

Tia: Err... Deixa eu ver seu cartão de aulas?

Pronto... Já saquei na hora que era alguma merda. Catei o cartão na minha mochila e chequei por conta própria antes de entregar.

Moon: Ixi... Acho que eu não tenho aula hoje, não é?
Tia: Éh... Acho que não né?
Moon: Há! Que droga...

...E no exato momento veio à mente a imagem da minha cama... E meu travesseiro dizia “Tá vendo!? Falei pra você ficar aqui...”

Voltei pra casa lendo meu livro, sentei no sofá e só me restou esperar até a hora de ir pro treino de parkour. Mas não fiquei realmente afetado pela falha técnica, nem um pouquinho de mau humor ou coisa do tipo... Eu acho que já me tornei tão indiferente a essas coisas que... Enfim...
O treino foi puxado.
Além do costumeiro grupo de alunos havia também alguns alunos que, pelo que entendi, eram de Ed. Física e estavam coletando experiência prática da aula pra montar o TCC. Também uma garota tirando fotos, aluna de Jornalismo ao que tudo indica, preparando uma matéria para o trabalho... E alguns novatos que estavam sendo avaliados pra entrar no treino. Tudo isso colaborou para tornar a coisa ainda mais interessante.
Treinamos bastante na Vergueiro, pelo menos até a policia aparecer.
...Mentira... Nós já estávamos de partida quando eles chegaram e, além do mais, não houve nada de problemático na abordagem dos oficiais. Mas foi interessante analisar os comportamentos individuais e coletivos, enfim...
Fizemos uma caminhada a pé até o Parque da Aclimação, terminamos o treino lá e então voltamos, novamente a pé, pra Vergueiro... Pegar o metro e voltar pra casa.
Estava morto de fome e já sabia que não haveria nada para comer quando chegasse em casa, então parei no mercado que fica ao lado do colégio João XXIII... Nishitani? Não sei, o nome não importa...
Enquanto guardava minha pequena mochila no guarda-volumes fui envolvido na seguinte situação... Havia a funcionária responsável pelo guarda-volumes, uma senhora de uns 70 e poucos anos e eu...

Senhora: Ah! Preciso de alguém para me levar pra Itália.

Imediatamente a funcionária olhou pra mim e eu estava... Sujo, fedido, grudento, bigode por fazer, vestido numa camiseta de parkour, calça da faculdade de Ed. Física que tem no mínimo uns 6 anos de idade e nos pés o mais velho e furado tênis que existe na minha casa...
...Convenhamos... A imagem perfeita de alguém que fatalmente, a qualquer momento, vai levar uma completa estranha pra Itália! E depois de ter chegado a esta surpreendente conclusão, a funcionária virou pra senhora e disse... O que? O que? O que?

Funcionária: Óh! Ele te leva! _o/

Véi! Claro que a velhinha não acredito. Ela não pode ter acreditado. Ninguém em condições normais acreditaria e a senhora nem parecia esta gagá. Mas no mesmo instante os olhos dela brilharam...
Estava cansado e morrendo de fome, mas ponderei que cinco minutos de dialogo definitivamente não iriam me matar. Então conversei com a senhorinha, só o mínimo necessário pra preencher a obvia necessidade de atenção e então fui fazer minhas compras...
Comprei dois pacotes de biscoito, uma lasanha congelada, água tônica e uma garrafinha de vitamina... Passei no caixa... Voltei pra pegar minhas coisas...

Funcionária: Velhinha chata ne?
Moon: Ah, até que ela é boazinha.
Funcionária: Aaah... Não é que ela é chata... É que ela muito sozinha e aí vem aqui pra ficar me enchendo.

Não respondi, mas enquanto guardava as compras na mochila eis que chega... A senhorinha...

Funcionária: Óh aqui o homem que vai te levar pra Itália! _o/

Eu desconfio das coincidências. Seja por superstição ou por simples força do hábito que me acompanha desde muito cedo... Eu sempre desconfio de coincidências. Então dessa vez dei um pouco mais de atenção pra senhora e ela contou que queria ir pra Itália de navio. Eu ia perguntar se de avião não seria melhor, mais confortável e mais rápido, mas nem abri a boca... Ela já emendou as qualidades que prezava na viagem de navio, como por exemplo, a noite estrelada em alto mar...
Voltei pra casa analisando o ocorrido e achei irônico.

Talvez eu esteja supondo demais, mas julguei que a pegada de ir pra Itália se tratava de um sonho da tal senhorinha... E não sei se era exatamente um sonho recente. A Mooca é um bairro que possuí duas características notáveis: O número de idosos que residem aqui e o número de italianos e descendentes de italianos.
Então, lá estava àquela velhinha, sozinha, com seus aparentes 70 e poucos anos com um sonho não realizado... E que possivelmente acabe morrendo sem realizar.
Do outro lado do balcão uma garota mais nova do que eu... Que provavelmente por vários dias torna a encontrar e conversar com a tal senhora, tirando como conclusão da situação apenas a “chateação” que a idosa gera...
E claro... Eu... Voltando pra casa tomando minha vitamina e ponderando o quão triste pode chegar a ser você ter de suportar, além das limitações físicas de um corpo velho, a solidão e a idéia de que pode morrer sem concluir um sonho...
...E como pode ser pior ainda uma situação dessas te esbofetear a cara quase que numa rotina e você notar apenas “o quão incomoda a velha é”.
Acabei ficando com vontade de passar no mercado mais vezes, apenas pra acompanhar se haverá mais alguma informação interessante pra tirar da interação entre estas duas humanas.



Além deste ocorrido tão atual, posso dizer que no final de semana passado eu testei minhas habilidades de culinária. A receita não saiu exatamente como eu gostaria, mas a experiência foi suficiente para perceber que a alquimia culinária é uma coisa relativamente simples, bem lógica e que depende de certas experimentações...
Desenvolvendo-me nesta área atingirei o único “Critério Arashesco” que até então estava sem investimentos de qualquer espécie.
Aaaaahhh!!!! E rolou uma pegada ninja no Colégio Técnico da Justiça.
Na ultima sexta-feira uma funcionária interrompeu a nossa aula e conversou com a professora que, dali a pouco, perguntou quem eram o representante e vice-representante de sala da nossa turma.
O pessoal disse que era eu e o Arturo, que naquele momento estava fora da sala. Mas então...
...Vocês sabem que a Orientadora Educacional é a “Manolinha”... Aquela a qual me referi no outro texto no caso em que eu estava jogando na biblioteca. E a professora solicitou justamente que fossemos até a sala dela pra dar os nossos nomes como representantes.
Ao ouvir isso meus olhos brilharam! *-*
Saí quase que imediatamente da sala, mas não sem antes pegar a minha marmita para por no marmiteiro.
Encontrei o Arturo no meio do caminho e juntos nos dirigimos para a sala da Manolinha.
Para uma noção mais precisa da situação que ocorreu a seguir tenha em mente que o Arturo é repetente e eu sou um causador... Tanto que a história do jogo na biblioteca se espalhou entre os funcionários como conjuntivite no metro.
Entramos na sala da Manolinha e eu posso jurar que o fiz dando um saltinho aboiolado de alegria... Uma atitude muito digna não só da minha pessoa, mas também da minha idade cronológica mental.

Moon: Chegamos!

A Manolinha ergueu se olhar para nós com certo espanto e notável expectativa. Cara de quem está pensando “Lá vem...” e então perguntou o que fazíamos lá.

Moon: A professora falou pra virmos aqui dar os nossos nomes.
Manolinha: Seus nomes? Pra que?
Moon: Uéh... Representante e vice-representante de sala.
Manolinha: @_____@

...Por um momento ela só conseguiu olhar com uma marcante expressão de perplexidade. Era notável que ela não botava fé e eu até arriscaria apostar que por dentro ela tentou rapidamente buscar uma forma de se opor... Mas foi tudo muito rápido.

Manolinha: Vocês... Não... Trouxeram seus nomes escritos num papel?
Moon: Não. Falaram apenas que era pra vir aqui.

E então ela anotou... De próprio punho... Num pedaço de papel.
Claro que ser representante de sala não significa muita coisa na política de um colégio. “Grande merda”, dirá qualquer um que fizer parte do corpo administrativo ou operacional... Mas no que concerne a psicologia da coisa... Bem, no mínimo quer dizer que a sala te aprova para representá-la e que te ouvirá se necessário.
...Se seguirá... É outros quinhentos XD

Abraços!!! E comentem! \o/ Por que comentários são legais!
E é isso aew, mano Jackie! Aquela pegada de Curitiba foi tensa!!! Lembro até hoje, mwhahahaha. Mas no final das contas, nós chegamos \o/
Fiquem bem!

Um comentário:

  1. Quer dizer q vc entrou triunfante no salto gazela saltitante?
    Ate rimou...

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