Ouvindo: Diversas BGMs de Yu Yu Hakusho
Lendo: Nada...
Bebendo: Lá se foi eu toddy.
Comendo: Nada. Mas tá me dando uma fome.
Hoje fiquei divagando a respeito de Artes Marciais.
Eu não sei quando e nem qual foi à primeira arte marcial a
surgir no planeta e... Bem... Não vejo como saber isso mudaria a minha vida,
então nem ligo.
Na minha cabeça eu imagino, há milhares de anos atrás,
alguns primatas se estapeando por comida ou coisa do tipo. Então o mais hábil em
espancar vence! Eis que nasce a primeira arte marcial! Estapanque-Do... O
caminho do tapa... E do espanco...
E então os macacos evoluíram pra humanos. Os motivos pra
estapear e espancar passaram a serem outros além de comida. E claro que o “estapanque-do”
também evoluiu.

E então as artes marciais foram usadas para subjulgar e se
defender. Para ferir e para proteger... Lutar, enfim.
Eh...
Na minha cabeça a arte marcial nasceu antes ou senão ao
mesmo tempo em que a luta.
A luta pode ser definida como processo no qual se determina
quem é “mais forte”. Mesmo que “mais forte” possa significar mais rápido, mais
habilidoso, mais inteligente ou até mesmo mais sortudo, dependendo do caso.
É onde diferentes capacidades, técnicas e habilidades são
colocadas a prova.
E a arte marcial é o meio através do qual desenvolvemos
habilidades e adquirimos técnicas. Desenvolvemos-nos dentro de nossas
capacidades.
Mas o que eu realmente queria entender é por que praticar o
treino de artes marciais se não há a pretensão de praticar a luta em si...
Hoje em dia o termo “arte marcial” adquiriu um significado
meio esquisito pra mim...
Digo... Se alguém pratica o treino de uma determinada arte
marcial para se proteger caso eventualmente seja necessário em uma situação de
risco... Ok. Parece condizente com a definição que tenho na cabeça.
Mas e quando a pessoa pratica o treino de uma arte marcial
apenas... Para ficar com o corpo definido, por exemplo?
E de qualquer forma... Talvez a principal questão...
Em nosso meio, que motivos restaram para lutar hoje em dia?
Estapanque-do por comida?
Sei que muitas artes marciais, principalmente aquelas mais
antigas provenientes da China e Japão, possuíam princípios éticos de que as
técnicas adquiridas só deveriam ser utilizadas em ultimo caso. Somente quando
necessário para se proteger ou proteger os outros, nunca para causar
deliberadamente o mal.
...De fato as artes marciais eram bem atreladas a princípios
éticos e filosóficos. E digo que “eram”, no passado, por que minhas vivencias com
as artes marciais me mostram que boa parte disso foi perdida...
E não, não acho que faça falta.
Engraçado é que, a meu ver, o que mais parece fazer falta
não é a determinação para não lutar.
Nah... Isso parece estar culturalmente bem arraigado.
A luta... A briga... São coisas que em relação ao passado
não só do nosso país, mas inclusive daqueles onde estas artes marciais
nasceram, parece ocorrer com menor frequência.
Lutar virou coisa de vídeo game... Espetáculo de televisão...
Mesmo numa situação atual de luta, na qual um primata
evoluído decide aplicar sua arte marcial sobre nós apontando uma arma e pedindo
a carteira ao invés de bananas, somos condicionados e instruídos a não reagir.
Mesmo na pratica de treinos de artes marciais obtemos essa
orientação.
Então, parece que o intuito dos mestres artistas marciais da
antiguidade que pregavam a não aplicação da técnica chegou ao ponto de não
precisar mais de reforço.
...Volto a perguntar...
Então, quando lutar? Pra que lutar? Pelo que lutar?
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